Sempre
gostei de ler, quando pequena pegava livros na biblioteca da escola, levava
para casa e devolvia no dia seguinte para pegar outro. Fiz amizade com o dono
da banca de jornais para poder ler a Turma da Mônica de graça, eu comprava um e
ele me deixava ler outro. Creio que desde criança tenho uma relação compulsiva
pelos livros, gosto de ler, gosto de vê-los, gosto do cheiro do papel, das
cores da capa, da gramatura do papel e das fontes utilizadas. Quando comecei a
ler fui anotando todos os livros que lia em uma agenda, ela se foi e deu lugar
ao notebook, a lista é grande e me traz uma felicidade narcisista quando a
leio, fico pensando: Nossa! Já li todos esses autores! Criei metas de leituras,
25 livros no mínino por ano, sempre consegui cumprir. Tenho também um hábito de
leitura, quando gosto de um autor quero ler todos os livros publicados dele. Fiz
isso com Machado de Assis, Gabriel García Marquez, Rubem Braga, Luis Fernando
Veríssimo, Ítalo Calvino, li tantos quantos pude de cada um deles, parece-me
que quando lemos um autor que tem um estilo próprio de escrita acabamos nos
apropriando de seu modo de escrever, pois acho impossível não escrever meio nordestinamente quando lemos João Cabral
de Mello Neto. E o mais triste da experiência da leitura é quando acabamos um
livro, parece que toda aquela atmosfera, os personagens que viveram com a
gente, os lugares, tudo se foi, e a gente fica em um vazio, como se um
pedacinho da gente fosse embora e não pudesse mais voltar; já parei de ler um
livro faltando três páginas, só para não romper o sentimento que tinha por ele.
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